Onshore e Offshore - o que são esses conceitos e onde os encontramos?

Petróleo


Quando se trata do assunto de extração de petróleo, dois conceitos são fundamentais para se entender o funcionamento dessa indústria com faturamento na casa dos trilhões de Dólares, são elas: Onshore e Offshore. Mas quais são as diferenças e semelhanças entre esses conceitos empregados no mundo todo?

A tecnologia Onshore é a mais empregada na extração de petróleo no mundo, representando cerca de 70% da produção mundial de petróleo. São instalações presentes em terra firme no continente, capazes de extrair 65% do petróleo bruto disponível na região das instalações em apenas um ano.

Por outro lado, no Brasil a tecnologia predominante é Offshore, essa tecnologia é a responsável por instalação de estruturas em um ambiente marinho, capazes de serem exploradas por décadas com o mesmo volume de produção de petróleo bruto, embora estejam associadas a custo maiores devido à necessidade de estabilidade das plataformas em alto mar.

Do aspecto dos equipamentos utilizados na extração do petróleo, ambas instalações necessitam de equipamentos de exploração, bombas, armazéns e tubos para coletarem o petróleo. Do ponto de vista logístico, as instalações Onshore possuem uma facilidade maior de escoamento da produção, por caminhões e veículos, enquanto as instalações Offshore demandam maiores custos com tubulações para transporte do petróleo para estruturas de armazenagem no continente. Caso a instalação seja longe da costa, necessita-se um FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading units), que são grandes embarcações responsáveis pelo armazenamento inicial e posterior transporte à costa.

O regime de trabalho do modelo Onshore é semelhante ao de um trabalhador de indústria, sendo a sua sua jornada o padrão de 8 horas, ao contrário do modelo Offshore, o trabalhador possui uma remuneração maior, mas em sua grande parte do tempo trabalha longe do continente, passando muito do seu tempo longe de sua casa, usualmente períodos de 15 dias ou mais.

A maior diferença está na análise dos custos de cada tipo de instalação. Enquanto uma instalação Onshore possui um tempo de vida menor até a sua total exploração, essas instalações chegam a custar menos de 10% do que uma instalação Offshore. Porém no TCO (Total Cost of Ownership) deve se considerar a capacidade produtiva que se comparada as explorações em alto mar embora produzam aproximadamente 4.000 barris de petróleo por dia enquanto a produção Offshore chega a extrair 50.000 barris de petróleo no mesmo período.



Energia eólica


Um sistema de energia eólica, pode ser instalado de duas formas distintas: Onshore e Offshore. O arranjo onshore permite um custo menor em termos de transmissão da energia elétrica, movimenta a economia local e reduz a emissão de gases no transporte de suas estruturas da fábrica até o local de instalação. Por outro lado, a velocidade do vento é menos previsível, fazendo com que esse arranjo possa perder eficiência.


O arranjo do sistema Offshore é muito menos desenvolvido comparado à tecnologia Onshore, devido aos seus primeiros projetos terem sido instalados no começo da Década de 90. Entretanto essas instalações tendem a ser mais eficientes, ou seja, menos turbinas são necessárias para gerar a mesma quantidade de eletricidade gerada pelas turbinas do arranjo Onshore. Além de estudos que sugerem que o sistema Offshore pode beneficiar a vida marinha,
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restringindo o acesso a determinadas águas para as pessoas.

projetos
Por outro lado, a tecnologia necessária para transmitir a energia da turbina desse arranjo é custosa, comparada ao arranjo Onshore. De acordo com o Jornal da Usp, o projeto do sistema offshore é uma tarefa complicada que deve considerar variáveis como respostas a ondas, cargas de correnteza e vento, estabilidade estática, dinâmica e comportamento estrutural das linhas de ancoragem, aumentando o custo e complexidade do projeto.

Nota-se que tanto para as petrolíferas quanto para as usinas eólicas, há vantagens e desvantagens para instalações Onshore e Offshore, ou seja, quando se pensa em projetos de curto e médio prazo o modelo Onshore se torna mais viável, mas quando se realiza esses projetos a longo prazo, com maior folga orçamentária visando maiores capacidades de geração de energia, o modelo Offshore tende a ser mais vantajoso.