É bem comum que pais de adolescentes em fase de crescimento, já tenham ouvido seus filhos reclamando de dores intensas sem motivo aparente. Uma rápida pesquisa no google nos explica que, durante a adolescência, dores por crescer são comuns. Para o mundo empresarial, não é diferente. Olhando pela visão da empresa, como um todo, o crescimento precisa de diversas decisões e ambientes favoráveis. Posso usar como exemplo o Mc Donald’s, que precisou de uma mudança no comando e nas operações, com a implementação do sistema de franquias, para que pudesse crescer, além de um ambiente favorável nos EUA (como pode ser visto no filme “fome de poder”).
Essas decisões se tornam mais complexas conforme a empresa aumenta, sendo que a decisão de internacionalização deve levar em conta dezenas de variáveis e problemas que podem surgir. Aqui, abordarei mais profundamente as dificuldades que as seguradoras de saúde têm ao pensar em sair de seu país de origem, focando em especial, nas características do mercado de saúde entre países.
Com a globalização, estamos acostumados com o fato das grandes empresas de um determinado setor (no âmbito internacional) serem, praticamente todas, multinacionais. Esse não é o caso das seguradoras de planos de saúde. Entre as 5 maiores empresas desse setor, apenas 2 possuem forte presença global. As maiores empresas do setor e suas presenças globais são:
O sistema brasileiro é completamente diferente do francês e do italiano (que são bem parecidos), uma vez que, apesar de possuir o mesmo princípio: de saúde universal, tem uma atuação diferente.
O sistema de saúde francês e italiano funciona com uma integração dos sistemas públicos e privados (hospitais e clínicas públicas e privadas), sendo que o governo é responsável por pagar a maioria dos custos da utilização dos serviços de saúde para cada habitante. Os planos de saúde complementar existem, porém eles têm o papel de pagar os custos que não são cobertos pelo governo, como psicólogos e dos custos complementares (já que o governo não paga tudo).
Um exemplo é que, quando se vai a uma consulta em um oftalmologista, por exemplo, o governo arca, normalmente, com até 70% do valor da consulta e, os outros 30% são pagos pelo paciente ou pelo plano de saúde complementar (na França). No sistema de saúde italiano, consultas e alguns medicamentos são pagos pelo governo, porém, exames e atendimentos não-emergenciais tem uma taxa para os planos ou população (a maioria dos serviços é gratuita).
Já nos Estados Unidos, o sistema de saúde é completamente privado e corretivo. Para ser atendido nos EUA, um cidadão precisa ter um plano de saúde, ou arcar com os custos de uma ida ao hospital (que, muitas vezes, são responsáveis pela falência de algumas pessoas). O governo norte americano tem programas de assistência médica apenas para aposentados, que contribuíram durante toda a vida com impostos, além de programas para as pessoas mais carentes (que não conseguem, de forma alguma, arcar com as despesas médicas). Além dessa diferença, os planos de saúde cobrem apenas intervenções corretivas, não as preventivas.