Para quais caminhos o coronavírus levará o mundo – Parte 1

Que a pandemia do COVID trouxe muitos problemas, tanto para a saúde das pessoas, quanto para economia da maioria dos países, não é novidade para ninguém. Porém, esse não é um cenário estático. Em algum momento, a pandemia irá acabar. O que pode acontecer com a economia mundial? Quais os cenários possíveis para a economia nos próximos anos? Além disso, coisas novas estão surgindo nesse momento, seja porque as pessoas estão precisando muito e, a inovação e o empreendedorismo são, muitas vezes a última saída, seja por conta de novas tendências que “surgiram” junto com a pandemia.

De acordo com a FIA (Fundação Instituto de Administração), existem alguns “caminhos” que as economias podem tomar em sua recuperação. O primeiro deles é a recuperação rápida, em “V”. Nesse caso, se assume que a atividade econômica é exatamente igual a de antes da crise e, portanto, ela irá retornar ao mesmo patamar de crescimento. Esse parece ser o cenário nos EUA, onde, de acordo com o BEA (Bureau of Economic Analysis), que fornece dados da economia Norte Americana, no segundo trimestre de 2020, a economia teve um tombo de 31,4% (anualizado), já no terceiro trimestre de 2020, houve um crescimento de 33,1% (anualizado) mas, embora o crescimento tenha sido muito grande, a economia dos EUA ainda não voltou ao patamar pré-pandemia, apesar de apresentar sinais de recuperação extremamente melhores que os do Brasil, por exemplo.

Uma outra possibilidade de recuperação econômica é a recuperação em “U”, que é um exemplo do que aconteceu com a economia brasileira em 2014, ou seja, uma crise mais profunda, com recuperação mais lenta. A crescente diminuição de postos de trabalho, além da falência de pequenas empresas podem ser os motivos para que uma recuperação mais lenta ocorra. Nesse caso, são esperados mais apoios governamentais ao longo do tempo, com planejamento e investimento nas áreas mais necessárias.

Um outro prognóstico pode ser a recuperação em “L”, na qual, a incapacidade de resolver a crise econômica, por parte do governo é o principal fator de risco adicionado à demora em tratamentos eficazes ao COVID-19, que pode fazer com que as pessoas dos grupos de risco

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fiquem isoladas por muito mais tempo que era previsto e, portanto, não voltem a consumir da mesma forma que antes.

Por fim, podemos ter uma “recuperação econômica em W”, na qual, devido à várias ondas da pandemia, o país precisa entrar em lockdown mais de uma vez e, por conta disso, tenha várias “subidas e descidas” na atividade econômica. Isso parece ser o que ocorrerá na Europa, onde, países como a Espanha e França, precisaram entrar em lockdown pela segunda vez, consequência de uma nova onda de COVID, o que atrasa a recuperação econômica desse país.